O filme 'O Físico' (2013) retrata a aventura do jovem Rob em busca do conhecimento médico na Idade Média. Após a perda prematura da mãe, o personagem passou a alimentar uma curiosidade sobre as doenças que afetavam os seres humanos. Em uma Inglaterra medieval, onde a "cura" vinha apenas pela força da fé ou de curandeiros, Rob decide deixar seu país de origem após ouvir falar de um grande hospital na então Pérsia, onde era possível realizar estudos dos corpos e das doenças.
Inspirada em uma obra de 1986 do jornalista Noah Gordon, conhecido por retratar em seus livros a evolução da medicina e da ética médica, a história retrata como o conhecimento médico de hoje é fruto de um longo e gradual processo de estudo e pesquisa.
A patologia, por exemplo, conta com mais de 3 mil anos de história. Da Fase Humoral, quando doenças eram explicadas pelo desequilíbrio dos líquidos do corpo, à Fase Ultracelular dos dias de hoje, muita coisa aconteceu. Confira aqui quatros pontos marcantes desta história.
O microscópio de Robert Hooke
Apesar da invenção do microscópio ser creditada aos holandeses Hans Janssen e Zacharias Janssen (1590), foi o inglês Robert Hooke quem aperfeiçoou o instrumento. Na publicação 'Micrografia' (1665), Hooke descreve o primeiro microscópio feito de partes móveis e apresenta mais de 60 ilustrações de objetos observados. A publicação foi fundamental para a popularização do instrumento, o que viabilizaria a realização de novos estudos e pesquisas.
Sobre os Lugares e as Causas das Doenças Anatomicamente Verificadas
Publicado pelo médico italiano Giovanni Battista Morgagni em 1761, 'Sobre os Lugares e as Causas das Doenças Anatomicamente Verificadas' relatava a vida e a morte dos seus pacientes, informando, ainda, as necropsias realizadas. A publicação é um marco na correlação das alterações orgânicas constatadas na necropsia com sintomas das doenças. Morgagni também inovou ao apontar a necessidade de basear o diagnóstico, o prognóstico e o tratamento no exame detalhado das condições anatômicas do paciente.
Rudolf Virchow
Outro marco na história da patologia foi a atuação do médico alemão Rudolf Virchow (1821-1902), considerado o 'Pai da Patologia Moderna'. Além de estimular seus alunos a realizarem necropsias para compreender o que havia acontecido com os pacientes, Virchow foi o primeiro a demonstrar cientificamente que células doentes derivavam de células sadias de tecidos normais. Ele também foi o responsável por realizar a primeira descrição objetiva da leucemia.
A introdução da parafina
A aplicação da parafina aos cortes dos materiais, introduzida por Edwin Klebs (1834-1913), foi fundamental para que as amostras de tecido fossem estudas em seu integridade. Isso porque a substância serve para proteger o tecido e permitir que as amostras sejam postas em lâminas de vido e tingidas, o que facilita a análise do material no microscópio.
Atualmente, a patologia é impactada positivamente pelos avanços da tecnologia. A modernização dos microscópios, a qualidade das imagens geradas e a interconexão de saberes por meio dos novas plataformas de comunicação fazem com que a patologia seja uma ciência em constante evolução, assim como vem ocorrendo nos seus mais de 3 mil anos. Certamente, o jovem Job ficaria ainda mais surpreso ao descobrir as possibilidade de se diagnosticar e tratar doenças apenas pela análise de pequenos fragmentos de tecido.
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