Humanização na saúde: guia para os estabelecimentos de saúde

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A humanização na saúde ganhou um grande impulso no Brasil com a criação da Política Nacional de Humanização, em 2003, pelo Ministério da Saúde. Segundo o órgão, "humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde". O tema ainda é objetivo de discussão acadêmica, mas é possível citar algumas diretrizes que contam com um bom grau de consenso e que funcionam como guia prático para estabelecimentos de saúde. Confira, aqui, quatro delas:

1. Ambiente organizacional

Para ter um ambiente organizacional acolhedor e humanizado é preciso uma boa estrutura física, que proporcione atendimento confortável e inclusivo - ou seja, adaptados para receber pessoas com deficiência. Mas não para por aí, é preciso que a equipe de atendimento esteja capacitada para acolher o paciente, com toda as inseguranças e angústias típicas de quem procura um atendimento de saúde. Portanto, é preciso que o estabelecimento de saúde também conte com uma política interna de capacitação dos colaboradores visando a humanização constante do trabalho.

2. Relações construtivas

Quando o paciente procura um serviço de saúde, muitas vezes, ele está ele física e psicologicamente fragilizado. Por isso, é fundamental ir além de um atendimento cortês; os profissionais necessitam se colocar no mesmo nível dos pacientes, evitando relações hierárquicas, valorizando as práticas integrativas e o saber popular. O resultado, certamente, será uma relação de confiança e respeito mútuo, o que impactará positivamente o tratamento.

3. Comunicação e canais de atendimento

Durante o tratamento, é natural que o paciente tenha dúvidas. Por isso, é importante que a clínica ou hospital disponibilize canais ágeis para esse atendimento; um canal seguro em que o paciente encontre informações precisas e referendadas pelo corpo clínico. Lembre-se: em tempos de redes sociais e mensagens virais, informação qualificada é peça-chave para o que o paciente realize o tratamento conforme a orientação médica.

4. Rapidez no atendimento

Tempo é um fator crucial na medicina e um atendimento que não seja célere acaba por gerar mais angústia no paciente. Ganha-se, então, especial relevância o desenho de processos de trabalho que reduzam as filas de atendimento e o tempo de espera por consultas ou resultados de exame. O uso de novos softwares de gestão é imprescindível nesse trabalho, mas também é necessário que o aprimoramento dos processos de atendimento seja algo constante no estabelecimento.

Sim, mudança na cultura da atenção dada no setor de saúde exige empenho e comprometimento de todos. No entanto, investir nessa humanização proporciona ganhos no médio prazo para estabelecimentos de saúde, profissionais e, sobretudo, pacientes.

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