A dermatopatologia é uma especialidade da anatomia patológica que estuda alterações neste que é o maior órgão do corpo humano. Em diversas situações, é a partir da biópsia que os médicos patologistas investigam diversas doenças, como as de origem infecciosa, inflamatória, neoplásica, dentre outras.
O principal objetivo da dermatopatologia é confirmar ou refutar suspeitas sobre doenças apresentadas pelos pacientes, quando não for possível fazer um diagnóstico apenas por meio da observação do quadro clínico. E, mesmo quando a confirmação da doença é possível ser feita clinicamente, a análise pelo médico patologista fornece informações fundamentais para o tratamento como a extensão da doença e a indicação do melhor caminho terapêutico.
O material a ser analisado é obtido por meio de uma biópsia, que pode ser feita por diferentes métodos - punch, curetagem e navete são os mais comuns. Independentemente do método de obtenção, a peça precisa ser fixada em formol a 10% para a conservação das suas características.
No laboratório de anatomia patológica, a peça é analisada do ponto de vista macroscópico, registrando-se as características morfológicas do tecido e da lesão. Na sequência, o material é incluído em parafina e recebe uma adição de corantes especiais para que as estruturas do tecido fiquem mais evidentes. A lâmina da peça, então, segue para diagnóstico do médico patologista, o que é realizado com auxílio do microscópio.
Em alguns casos, ainda, pode ser que haja a necessidade de que o médico patologista realize um exame complementar, o imuno-histoquímico. Aqui, o objetivo é conhecer a natureza de patologias mais difíceis a partir da aplicação de anticorpos que reconhecem uma variedade de antígenos presentes em muitas doenças.
Frequentemente, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove campanhas de conscientização para o cuidado com a saúde da pele e para a realização de consultas de rotina, de modo a diagnosticar precocemente o câncer de pele a partir da investigação de lesões suspeitas. Segundo a SBD, somente entre 2018 e julho de 2021, o total de diagnósticos de câncer de pele registrados no Brasil chegou a 184,09 mil, ou cerca de 46 mil ao ano. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chances de cura.