Localizada na parte inferior do pescoço, a Tireoide é uma glândula que produz dois tipos de hormônio - o T3 (Tri-iodotironina) e o T4 (Tiroxina) -, fundamentais para o bom funcionamento do corpo. O desempenho da glândula pode, no entanto, ser afetado pelo surgimento de nódulos, que podem ser formados por áreas sólidas e/ou líquidas.
Um aspecto importante no diagnósticos no nódulos, é saber se eles são benignos ou malignos. E, para essa análise, necessária para a definição do tratamento mais adequado, a Patologia dispõe de um exame específico: a Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) da Tireoide, também conhecida apenas como 'Paaf da Tireoide'.
Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, feito pelo próprio medico endocrinologista. Não há necessidade de internação e as chances de complicações são raras.
A punção é feita por uma agulha fina exatamente no local em que é identificado o nódulo da Tireoide. O material coletado, formado por pequenos pedaços do tecido do nódulo, é enviado ao laboratório para análise do médico patologista.
"No nosso estudo, classificamos a amostra recebida conforme o sistema Bethesda. É a partir desse resultado que o endocrinologista e o paciente poderão optar pelo acompanhamento regular do nódulo, repetição periódica do exame e cirurgia para retirada do nódulo e/ou da própria Tireoide, quando o nódulo é confirmado como maligno ou há uma grande suspeita de malignidade", explica o patologista-chefe do Lapac, Dr. Gerônimo Jr.
A maior parte do casos são de nódulos benignos, cujo acompanhamento pode ser feito pelo próprio médico endocrinologista. "Apenas uma pequena parte das doenças da Tireoide progridem para uma neoplasia. Por isso, é fundamental acompanhamento médico constante e a realização da PAAF da Tireoide quando a avaliação clínica assim exigir. Especialmente nos casos de câncer, o diagnóstico precoce é o caminho para um tratamento mais eficaz", completa Dr. Gerônimo.