Dores causadas pela endometriose, condição que causa crescimento anormal do endométrio, estão diretamente relacionadas à queda na qualidade de vida das mulheres. O problema afeta uma em cada 10 mulheres no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A confirmação da doença nem sempre é simples e, por essa razão, exige uma atuação conjunta de diversas especialidades médicas, como a ginecologia, a radiologia e patologia. É o médico patologista que realiza o exame histológico, que se trata de uma análise mais minuciosa e circunstanciada da doença.
Por meio de uma biópsia realizada pela médico ginecologista, a partir da indicação inicial de exames radiológicos, fragmentos teciduais com tecido endometrial permitem o diagnóstico definitivo.
Passe-se, então, para a realização do exame histopatológico, com o médico patologista avaliando a extensão da endometriose, analisando onde o tecido endometrial está localizado e sua penetração nos tecidos adjacentes. Esse nível de análise auxilia o planejamento do tratamento, especialmente em casos mais graves onde a endometriose pode afetar outros órgãos, como os ovários, as trompas de falópio, os ligamentos que sustentam o útero, a bexiga ou o intestino.
Com a confirmação histopatológica da endometriose, o médico ginecologista e a paciente podem planejar o tratamento de acordo com a gravidade e localização da doença, determinando a abordagem terapêutica mais adequada - podendo ser tanto por meio de medicamentos, quanto por cirurgia ou terapias complementares.
Essa confirmação histopatológica permite, assim, o início precoce do tratamento e o monitoramento adequado da doença, ajudando a melhorar a qualidade de vida das pacientes e a minimizar complicações, como a constância e intensidades das dores, a formação de aderências e a infertilidade.