O médico patologista carrega consigo o imaginário popular de ser um profissional que fica muito tempo em laboratório, fechado em suas análises. Mas será que é bem isso?
É claro que o trabalho de fazer laudos de casos exige análises minuciosas e muita concentração, mas o trabalho não para por aí. Também é preciso uma atualização científica constante, intercâmbio de conhecimento com os colegas médicos e atendimento aos pacientes.
A rotina começa com um bom planejamento, uma verificação geral dos casos do dia. Para os profissionais que possuem cargos de chefia, como é o caso de um patologista-chefe de laboratório ou hospital, também é imprescindível acompanhar os demais setores, para que não haja quebras no fluxo de trabalho; esse trabalho de supervisão garante diagnósticos mais rápidos nas mãos dos pacientes e dos médicos solicitantes.
A análise
Para iniciar a análise de um caso, o primeiro passo é a checagem dos dados dos pacientes. "A gente faz uma conferência da lâmina com a requisição médica, checa se todas as informações clínicas foram coletadas, para que a gente comece a fazer uma interpretação diagnóstica, tendo todas as informações ali do lado do microscópio", explica o patologista-chefe do Lapac, Dr. Gerônimo Jr.
Após essa primeira etapa, é a hora da análise em si. "O patologista, após fazer essa checagem inicial das informações clínicas, faz uma análise da lâmina, onde ele vai observar alguns achados e buscar critérios diagnósticos que permitam fazer uma interpretação correta até chegar a um diagnóstico definitivo de uma determinada doença. Para um diagnóstico final, ele precisa encontrar os critérios que são importantes para aquele diagnóstico", completa.
A constante busca pelo conhecimento
A máxima de que 'cada caso é um caso' é uma das mais verdadeiras na medicina. E é claro que vivenciar esse ditado faz parte da rotina dos médicos patologistas. "Nos casos em que se apresente alguma dificuldade, a gente precisa dar uma atenção a mais, um tempo a mais de estudo, onde o patologista vai em busca de informações em livros e em artigos científicos que possam ajudá-lo a interpretar aquela amostra", comenta Dr. Gerônimo ao ressaltar a importância de uma constante atualização científica.
"Os casos de maior dificuldade, inicialmente, o patologista faz esse estudo. O patologista pode, também, pra esses casos mais difíceis, discuti-lo com colegas e, num terceiro passo, enviá-los em consulta a um outro colega, fora do seu ambiente de trabalho", acrescenta.
Ou seja, a rotina do médico patologista exige, de fato, ir além do laboratório. E, nessa tarefa de se atualizar cientificamente e criar uma rede de relacionamentos com outros médicos, Dr. Gerônimo fala da importância do uso científico das redes sociais.
"O patologista se atualiza lendo artigos, assistindo aulas, participando de congressos, interagindo com outros patologistas. Aí, eu diria que há um grande trunfo, que é a utilização das redes sociais para a interação com outros patologistas, com experts das mais diferentes áreas. Hoje, acho que as redes sociais são, sem dúvida, uma ferramenta fundamental para a atualização do patologista, como do médico de uma forma geral, porque as informações mudam ou surgem de uma forma muito rápida e, dificilmente, o patologista ou o médico teria essa facilidade de encontrar essas informações tão rápidas se não for por intermédio das redes sociais. Hoje em dia, com todas as tecnologias, eu acho que facilitou a interação dos patologistas com outros colegas, mesmo fora do Brasil; e essa interação eu acho fundamental para a atualização científica", comenta Dr. Gerônimo, escolhido pela revista britânica The Pathologist com um dos 20 patologistas mais influentes no uso científico das redes sociais em todo o mundo.
Diálogo com os pacientes
O trabalho do patologista, no entanto, não acaba com a liberação do diagnóstico. O atendimento aos pacientes é outra parte importante da rotina: "Muito frequentemente, o médico patologista é procurado pelo paciente para que ele emita alguma opinião. Isso acontece porque o paciente chega ao laboratório de patologia com muita ansiedade em busca do seu diagnóstico e, às vezes, a consulta com o médico solicitante não é de imediato. Então, por conta dessa angústia da espera até a consulta, o paciente, muitas vezes, procura o patologista para que o patologista possa explicar o laudo para ele".
"Sempre que o paciente nos procura, nós temos essa abertura, atendemos prontamente, de forma que a gente possa explicar, dar uma informação geral sobre aquele laudo, deixando bem claro que informações mais detalhadas a respeito do tratamento ficam a cargo do médico solicitante", conclui Dr. Gerônimo.
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